Tchau, Wordpress. Olá, Jekyll
Eu usei o Wordpress durante os primeiros anos de vida desde blog e ele serviu muito bem para as necessidades que eu tinha. A minha opção sempre foi pelo Wordpress instalado, ao invés do serviço oferecido pela Wordpress.com, pois assim eu tinha mais liberdade para a instalação de temas, plugins e outras edições “na unha”.
O problema de manter a sua própria instalação de Wordpress é que o treco é pesado pacas. Se você parar para medir a quantidade chamadas ao banco de dados a cada requisição, você toma um susto. Não que isso seja totalmente ruim, mas poderia ser melhor.
A verdade é que atualmente eu não preciso mais (será que já precisei?) dos recursos do Wordpress. Tudo o que eu quero é manter alguns textos no blog e uma área de comentários. E quanto mais simples for para escrever, melhor.
Não é segredo para ninguém que eu sou um grande defensor das ferramentas de linha de comando e para mim é bem chato ter que entrar na interface de administração do Wordpress para escrever um texto e ainda ficar me preocupando com a formatação enquanto escrevo. Por isso eu queria uma ferramenta mais simples e que de preferência usasse markdown ou alguma outra tecnologia de marcação de textos semelhante para escrever.
Nessa busca acabei encontrando o Jekyll, um sistema pronto para blogs e com uma ideia diferente do que em geral existe por aí: Páginas estáticas.
O que? Páginas estáticas?
Isso mesmo, usando o Jekyll você escreve seus textos em markdown e depois gera as páginas estáticas. Simples assim.
Isso é algo que realmente muda bastante o conceito, pois não podemos adicionar conteúdos que precisam ser dinâmicos. O blog passa a ser simplesmente um grande conjunto de páginas HTML. Bastante leve, mas estático.
Outra coisa interessante é que dá paraq usar o seu controlador de versões favorito para manter as versões dos textos. No meu caso a opção foi pelo Git e hospedagem no GitHub. Alias, a hospedagem no GitHub trouxe outra vantagem, poder usar as páginas estáticas do serviço! Com isso nem mesmo a hospedagem do blog eu preciso fazer mais =)
Adicionando comentários
Agora, um problema para sites estáticos é: como colocar comentários? Afinal não é possível se conectar a um banco de dados e gravar e adicionar comentários usando páginas estáticas.
Mas, para isso, existem alguns serviços que permitem adicionar um sistema de comentários a qualquer página usando JavaScript, dessa forma mesmo páginas estáticas podem ter comentários.
Após uma pesquisa rápida eu optei pelo Disqus que já filtra spams e tem uma aparência bem legal.
Edição de textos
Como eu disse, os textos no Jekyll são em formato markdown, então basta ter um editor de textos para escrever.
O legal é que agora eu consigo escrever usando o Vim e em praticamente de qualquer lugar, depois é só fazer o commit para o GitHub e lá estará o post no blog.
Conclusão
Este não é um texto para falar mal do Wordpress! Essa ferramenta tem seus usos (muitas vezes equivicados…) e tem seu público. O fato de o Wordpress não se encaixar nos meu propósitos não significa que ele também não irá encaixar nos propósitos de outras pessoas. Cada um tem suas necessidades.
O propósito aqui foi apresentar o Jekyll como uma ótima opção para manter um blog, ainda mais para os nerds :)
Ah, que ver um exemplo de como fica um projeto Jekyll? Então acesse o projeto deste blog no GitHub.
InFog