Kobo, Uma resenha

Olá, pessoal!

Este post é para quem gosta de ler.

Há alguns meses eu resolvi comprar um e-reader, pois queria mais praticidade para carregar meus livros para lá e para cá e principalmente para facilitar a leitura durante o tempo de viagem voltando do trabalho.

O problema é que eu gosto de ler alguns livros ao mesmo tempo. Em geral leio uns 5 ao mesmo tempo. Eu leio um ou dois capítulos de um livro técnico, aí passo para algum clássico ou para algum livro que esteja nas vitrines das livrarias. Em geral fico intercalando também entre português e inglês.

Fazer esse processo de ler um pouco daqui e outro daqui durante o percurso trabalho-casa não é fácil se você for carregar livros impressos. Ainda mais para quem resolveu encarar as trocentas páginas das Crônicas de Gelo e Fogo. Quer dizer, carregar apenas um volume das crônicas já ocupa 80% da mochila, imagina carregar uns 3 ou 4 livros? Não daria certo…

Eu também tentei ler no smartphone usando aplicativos como o Aldiko, mas a iluminação da tela acabava sendo um desconforto.

Por isso eu via a possibilidade de usar um e-reader como uma boa opção.

Na primeira vez que vi um e-reader eu fiquei maravilhado com o aparelho. Foi durante uma bienal do livro em SP e quando eu vi o aparelho eu pensei que tivesse um papel impresso colado sobre ele, tipo aqueles adesivos que colam nas telas de smartphones para mostrar como é a interface. Aí eu apertei uns botões e a tela mudou! Aí eu vi que o negócio era realmente feito para parecer com impressão em papel. Coisa linda!

Mesmo lembrando de como o aparelho é mágico eu ainda tinha uma certa resistência e ficava pensando que nada substitui o prazer de folhear um livro, o cheiro das páginas, etc (E não substitui mesmo, livro em papel é livro em papel e pronto).

E então eu dei uma chance para os e-readers e comprei um Kobo Mini. Eu comprei pela Livraria Cultura e chegou em casa rapidinho.

Kobo Mini

O Kobo Mini tem uma tela touch de 5” que permite uma leitura bastante confortável para livros em formato epub, mas que fica ruim para PDFs. Alias, PAREM DE DISTRIBUIR E-BOOKS APENAS EM PDF!. Isso mesmo, se você está pensando em publicar um livro, apostila, etc em formato digital, considere também os formatos epub e mobi que são formatos que se adaptam ao tamanho das telas dos e-readers, ao contrário dos PDFs que são como impressões em A4.

O lance do Kobo Mini ser pequeno é muito legal também pois dá para carregar no bolso! E o espaço que ele ocupa na mochila é muito pequeno, dá até para levar uns livros impressos se quiser.

A bateria dele dura cerca de um mês para mim, com cerca de 1h30 a 2h de leitura por dia.

Eu escolhi uma versão sem iluminação própria, por isso preciso recorrer à luz do ônibus e vez ou outra já tive problemas por falta de iluminação, por isso acho que uma versão com iluminação pode ser uma boa.

O Kobo permite fazer anotações e marcações no livro. Não é a mesma coisa que um livro de papel, mas funciona muito bem, graças à tela touch.

Ah, uma coisa muito legal são os dicionários dele. Eu coloquei um dicionário de português, um de inglês e um de inglês-português. Aí, durante a leitura, basta tocar a palavra desejada por alguns segundos que ele mostra o significado. Caso o texto seja em inglẽs ele oferece o significado em inglês mesmo e também uma opção de tradução para português.

Como eu comprei pela Livraria Cultura, eu acabei fazendo a conta por lá mesmo. Assim é possível navegar pela loja e comprar diretamente pelo Kobo. Também dá para comprar pelo site e mandar sincronizar depois. A loja é fácil de usar mas tem uns detalhes chatos como não mostrar o preço no catálogo.

Também é possível comprar em outras lojas e copiar para o Kobo usando o cabo USB. Ele funciona como um pendrive neste caso, bem simples. Alias, este é um dos pontos fortes do Kobo. Quando você compra um livro, ele é seu, sem ficar associado a um único aparelho. Agora eu mantenho o aplicativo do Kobo no Android também e os livros estão nos dois dispositivos, para ler sempre que quiser.

Eu comprei alguns livros na O’Reilly em epub e bastou copiar via USB para os livros apareceram. Os livros da Casa do Código também funcionam muito bem.

Atualmente meu Kobo tem mais de 50 livros e eu já li uma parte deles e tenho uma liberdade bem grande para escolher o que vou ler e não preciso carregar peso para isso. A memória interna dele é de 2GB o que é suficientes para muitos e muitos livros, já que um livro pode ter de 200kb até uns 2mb ou 3mb.

Enfim, a minha recomendação final é: Se você gosta de ler e precisa de facilidade para carregar uma grande quantidade de livros, compre um e-reader. Eu recomendo bastante o Kobo Mini ou um modelo maior como o Kobo Aura ou o Kobo Touch.

Boa leitura!

InFog


Evaldo Junior

Desenvolvedor web, palestrante, escritor e usuário e contribuidor do Software Livre.

comments powered by Disqus